quarta-feira, 29 de abril de 2009

Feira-Livre

Um dos locais que eu mais senti essa tendência retratista foi na feira-livre. O Feira Foto Clube tem todo um compromisso em clicar feiras-livres de nossa cidade e região, pois a cidade de Feira de Santana, sede do clube de fotografia, tem o nome de Feira de Santana justamente por ter nascido a partir do crescimento de uma feira-livre naquela zona rural. Fizemos três saídas em feiras distintas, e mesmo tendo muito que fotografar além de pessoas acabei me detendo um pouco mais nelas, justificando a tendência.












terça-feira, 28 de abril de 2009

Encerrando a sequência de Festas Populares consecutivas... Bando Anunciador da Festa de Santana

Uma das coisas que já ouvi falar do Feira Foto Clube é que seus membros são tão talentosos em geral, que uma pequena festa parece uma grande festa ao reunirem suas fotos do evento. Isso é verdade, o Bando Anunciador da Festa de Santana, é um resgate de uma antiga tradição, de uma especie de celebração festiva que antecede as festas pela padroeira de Feira de Santana. Agremiações culturais da cidade se uniram em torno de resgatar tal tradição quase esquecida e interrompida por anos. Mesmo pequeno, o grupo era muito bonito e diversificado, tal animação também foram registradas por minhas lentes.











Festa da Irmandade da Boa Morte

Novamente em Cachoeira, dessa vez pude estar na festa religiosa que sempre almejei, na Festa da Irmandade da Boa Morte. Mesmo não podendo estar em todos os dias de homenagem a essa secular ordem de senhoras, estive junto com o FFC no dia da missa e celebração principal, e mais uma vez pude fazer registros de fé e alegria desse povo da minha terra.













Na sequência de festa popular... Caminhada do Folclore

Um ano antes, eu sozinho enfrentei as ruas em cobertura do pequeno cortejo da Caminhada do Folclore, evento parecido com o 02 de Julho, só que acontecido nas ruas de Feira de Santana, e com o mote de valorizar e resgatar o folclore de Feira de Santana e região. Após o sucesso do 02 de julho, não foi dificil convencer o Feira Foto Clube da importância desse evento e de uma cobertura de qualidade. Lá estava novamente minha câmera a registrar, já ainda mais focado em pessoas, retratos e expressões. Pouco a pouco me via como retratista cada vez mais.











02 de Julho, o dia do achado...

02 de Julho na Bahia é uma data de comemorações. Na capital acontece um grande desfile, em que diversas agremiações folclóricas, grupos culturais, forças armadas, manifestantes e autoridades desfilam diante de uma multidão de pessoas que vão as ruas festejar essa data que marca aniversário de luta armada e sangrenta em que a Bahia teve forte influência na Independência. Nessa data o Feira Foto Clube ousadamente se deslocou a Salvador com apenas 5 membros, para se juntar ao Salvador Foto Clube, co-irmão mais velho da capital. Ao chegarmos lá, nós com nosso equipamento humilde, de DSLRs de entrada, com objetivas basicas e muitas compactas nos deparamos com colegas com equipamentos de ponta, super câmeras, super objetivas com zoom. Mesmo assim tinhamos em mente que o objetivo era fotografar pessoas, detalhes, mesmo com limitação de como desfocar o fundo com lentes de abertura não muito grande nem grandes ranges nas objetivas. O desafio era mesmo de enquadramento. E que desafio ótimo, pois mais uma vez comprovamos para nós mesmos que equipamento não é tudo e que "O Olhar é tudo''. Saímos de lá com boas fotos, e eu trouxe no cartão a foto do vaqueiro, que me garantiu o prêmio do BNB, citado no primeiro post desse blog. Além disso iniciou-se assim uma sequencia do FFC cobrindo festas populares, algo em que acabamos nos tornando meio que especialistas sem perceber.



















Cachoeira, Magia do Recôncavo..

Em minhas andanças, em companhia do Feira Foto Clube ou não, passei por um lugar que é de meu coração, Cachoeira, na Bahia, no Recôncavo baiano. Terra de samba de roda, de sincretismo religioso, de belas paisagens, de arquitetura e artesanato ricos. Um lugar onde cada pessoa parece fotografável, e onde eu comecei a despertar para outras vertentes de fotografia de pessoas, incluindo o ambiente a seu redor, ou sua expressão corporal, como elementos além das pessoas mas que completam o contexto na exposição da alma do fotografado.













Onda há pessoas, sempre há o que fotografar

Tempos depois, o Feira Foto Clube (FFC) tinha programado uma saída fotográfica ao distrito da Matinha, com intuito de registrar as belezas do samba de roda, dentro do projeto "Distritos" do FFC. No dia marcado, por motivo fortuito, o samba de roda não estava reunido, e em um distrito sem muito o que fotografar, passei o tempo observando e fotografando as filhas e filhos do samba de roda, com instrumentos e olhares diferenciados. Aproveitei e fiz algumas fotos, que me mostraram que sempre se tira "leite de pedra" onde existem pessoas, uma pessoa é um mundo, e um olhar é uma estrada que leva a diferentes caminhos de intepretações emocionais.




E tudo comecou assim...

Eu comecei a fotografar gente depois de fazer certas fotos e chamar a atenção pra isso; Uma das primeiras fotos de gente que eu gostei realmente foi dessa menina que morava na beira da linha do trem em Oliveira dos Campinhos, proximo a Feira de Santana, durante Saída do Feira Foto Clube, fotoclube que eu fundei com outros fotógrafos de minha cidade. Na mesma hora fiz outra foto, também em P&B, que achei de uma tal dramaticidade no olhar que me marcou.



Para começar bem, pontos e pixels...





Vamos começar do começo, rs. Esse primeiro post é uma celebração da conquista de meu primeiro prêmio fotográfico, no concurso "Olhar sobre a Cultura Popular Nordestina". Dentre 682 fotos, "Sertanejo, sobretudo um forte" - Fotografia realizada nas comemorações da Independência da Bahia e do Brasil, ficou na 10ª posição. Este reconhecimento é muito importante e estimulante tanto para mim como para o Feira Foto Clube, grupo que lidero e estava comigo na ocasião da foto. Um prêmio sempre é um estímulo e uma tranquilidade ao se perceber trilhando um caminho certo, mesmo que ainda tenhamos muito chão a percorrer. É um concurso de pouca expressão, de natureza regional, mas que me deixou feliz e aliviado. Antes da premiação levei algumas fotos para meus alunos em Feira e alguns dele só comentaram das paisagens e nada falaram das fotos de gente. Tenho uma predileção por fotos de pessoas e pelo documental. Então ao notar que a foto não geraria um minimo de impacto no público leigo fiquei um tanto murcho e reflexivo. Felizmente veio o concurso e me mostrou que algo há de interessante nesse trabalho. Diante das demais fotos premiadas e de um total de 682 fotos enviadas, me sinto feliz com a premiação, mesmo com a modesta colocação em 10º lugar, o que expressa meu pequeno conhecimento fotográfico e todo o nível a melhorar. Outro aspecto interessante, foi o criterio de selecao. Eu nem ia mandar essa imagem do vaqueiro, ia mandar só a imagem do tocador de berimbau sem dentes e com sorrisão largo. A pedido de outras pessoas mandei a do vaqueiro, um clichê, que me rendeu o premio de 200 reais e mais a foto em milhares de cartões postais distribuídos no Nordeste. Isso mostra como ouvir outras pessoas pode ser importante ao pensar em concorrer com fotografias em concursos.